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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Bases da Formação do Território Brasileiro: A apropriação do meio natural.

BASES DA FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO: A APROPRIAÇÃO DO MEIO NATURAL.




FELLIPE A. DE FREITAS MARQUES ¹

augusto_fellipe@yahoo.com.br

JÉSSICA SILVA SOUZA²

jessicaexpert@yahoo.com.br

VANDA A. SILVA ALVES³

vandaap@yahoo.com.br





RESUMO:



Este trabalho pretende contribuir para a compreensão da formação do território brasileiro, a apropriação da natureza e dos recursos naturais que se deram com a colonização europeia, que tinha um sentido expansionista e povoadora, ao contrário das perspectivas dos índios, que eram até então os habitantes dessa terra.

Considerando que o Brasil trata-se de um país com uma área bem extensa, com uma variedade de relevo, clima, hidrografia e ecossistemas diversificados, pode-se entender as diversidades encontradas em todo território, tanto econômica, política, social e cultural herdada da colonização europeia e mais especificamente de Portugal e da Espanha.



PALAVRAS CHAVES: apropriação, colonização, diversidades.



INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda sobre as bases da construção do território brasileiro e a apropriação do meio natural, mostrando o perfil brasileiro herdado pela colonização europeia e as formas em que se procederam essa construção.

No contexto histórico brasileiro trata-se de um país formado com a conquista do espaço e com a apropriação dos recursos naturais que foram as principais bases para essa ocupação, já que os colonizadores tinham um sentido expansionista ou seja civilizador, buscando nas novas terras exploração econômica e também exploração humana, visto que: vivia aqui índios nativos, que foram escravizados para trabalhar em busca de explorar as terras encontradas, temos ainda mediante a apropriação das terras momentos históricos marcantes para a construção da identidade brasileira, como etnia, cultural, política e social.



2- CONTEXTO HISTÓRICO



A ocupação do território brasileiro teve início com pequenos vilarejos que se espalharam na costeira do Oceano Atlântico que banha boa parte do território, tendo início devido a necessidade de ampliação das atividades comerciais europeias, que saíram em busca de novos territórios com possibilidade de exploração de novos produtos.

A história da apropriação do território brasileiro teve fases bastante marcantes, distribuídas em momentos importantes para o contexto histórico:

No século XVI, mas exatamente em 1500, as caravelas de Dom Pedro I, chegaram as costas brasileiras, e encontraram uma grande possibilidade de riquezas naturais, movidos pela ganância de exploração dos recursos naturais encontrados, se apropriaram do espaço e desenvolveram muitas lavouras de cana de açúcar na Bahia e Nordeste, já que possuíam conhecimento sobre o cultivo da cana de açúcar, além do clima e solo apropriados para tal cultivo, o que levou a pecuária para o interior do Sertão Nordestino, levando ao extermínio de muitos índios, tanto fisicamente quanto culturalmente.

No século XVII, os portugueses que ocupavam uma maioria entre os nativos, dominaram a região e começaram o processo de captura aos nativos para a exploração do ouro e outras pedras preciosas, utilizando a mão de obra indígena como escrava, onde a falta de liberdade dos nativos e as doenças trazidas pelos europeus mataram muitos deles.

No século XVIII, com a descoberta do ouro e outras pedras preciosas nas regiões de Minas Gerais, Goias, Mato Grosso e Bahia, houve um grande aumento da população, que se alojaram no interior do território, mas que aos poucos foram se esvaziando com o esgotamento das pedras preciosas. Com essa acumulação de pessoas no interior, levou a necessidade de abrir estradas, o que levou a vários benefícios, inclusive das ligações litorâneas com o interior e com os criadores de gado.

No século XIX, houve uma grande expansão territorial, quando o sul foi totalmente povoado. As procuras por algodão e café se intensificaram, mas a prosperidade do algodão termina com a guerra da independência norte-americana, porém o cultivo de café se fortalece com a valorização da Europa.

Com a intensificação do cultivo do café veio o incentivo do trabalho assalariado e ao acúmulo de capital, o que impulsionou o desenvolvimento industrial brasileiro, além das instalações das ferrovias, dos telégrafos e também das companhias de navegação.

No século XX, com o aumento da produção do café, veio a exportação e a saturação do uso dos solos e ainda as facilidades de empréstimos bancários, o que levou neste período a ocorrência dos movimentos de desbravamento e povoação de novas localidades dentro do território brasileiro, ficando conhecido como as frentes pioneiras, que tiveram início em São Paulo. Essas foram as causas que levaram a busca por novas áreas, tendo início no Vale do Paranaíba, passando por Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e terminou no Paraná, ficando conhecido como a Marcha do Café.



2.1- FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO SOBRE O ESPAÇO



A formação do território brasileiro passou e continua passando por uma série de processos que buscam estabelecer uma compreensão mais complexa de como se deu sua formação até os dias de hoje.

Para se estabelecer um território necessita do espaço que é a parte essencial na sua formação, pois este lhe fornece uma estrutura que esta apta a se desenvolver conforme as suas necessidades. Território, no entanto nada mais é que uma parte do espaço delimitado e apropriado por uma sociedade que através do seu modo de produção, costumes, religião, política e economia faz com que ele seja definido e diferenciado dos demais porque cada território possui suas características especificas, ou seja, nenhum território é igual ao outro cada um possui suas particularidades.

O território brasileiro também se encontra em constante relação com a natureza, pois essa o beneficia muito oferecendo seus recursos para a produção de materiais que ajudam esse a se estabelecer com maior intensidade, ou seja, a apropriação do meio natural já se encontra sendo a maior fonte de transformação em um território.

A formação do território encontra suas bases desde os séculos passados quando o Brasil ainda era um país desconhecido onde a sociedade que ali habitava ainda não havia estabelecido sua divisão o considerava como um todo.

Mas a historia de formação do território brasileiro não prosseguiu assim, pois os europeus devido as suas viagens em alto mar por um acaso do destino descobriram essa terra desconhecida chamada Brasil e com isso começaram a se apropriar do seu espaço o dividindo por completo onde cada um desses países se apropriaram de uma parte desse todo começando assim a estabelecer suas diferenças segundo os seus meios econômicos, políticos e sociais que contribuíram para uma definição especifica de uma sociedade sobre seu território.

Com o passar dos tempos a formação do território foi se desenvolvendo cada vez mais, como já ouvimos falar anteriormente o território se encontra sobre o espaço que foi dividido e apropriado por uma sociedade que estabelece a ele um caráter próprio e como poderíamos falar sobre essa formação sem mencionar a historia como um ponto essencial porque sem esta é impossível compreender os processos pelo qual passou a formação do território brasileiro.

A apropriação do meio natural encontra – se como o principal suporte na formação do território, pois este oferece muitos recursos que podem melhorar e inovar técnicas a fim de facilitar a movimentação dos meios de produção existentes que necessitam constantemente de matéria – prima, tecnologia avançada e muitos outros recursos que só são disponibilizados pela natureza que contribuem assim para uma melhor movimentação entre os meios econômicos, políticos e sociais que se encontram em constante relação dentro da formação de um território.



2.2-TERRITÓRIO, ESPAÇO E NATUREZA



A apropriação do espaço como território é determinada em parte pela necessidade de domínio e posse de recursos naturais para a conquista das condições de sobrevivência e, por sua ocupação física como habitat.

A criação desses territórios consiste exatamente na maneira com a qual as civilizações se libertam desta condição de existência, sendo que a demarcação de territórios procura impor o domínio humano sobre a existência em geral, tanto sobre as condições de extensividade como as de contiguidade e de vizinhança.

O espaço é socialmente produzido pelo conjunto de relações sociais, econômicas, políticas e culturais entre os indivíduos e os grupos, portanto o modo de produção, a estrutura de classes, as atividades culturais, e toda forma ou prática da sociedade, cria o seu espaço característico.

O território cria um vínculo entre as relações sociais empíricas específicas e a natureza re funcionalizada permite a abordagem das práticas sociais realizadas nos lugares, sua caracterização e qualificação na apropriação e transformação da natureza.

Nos países de formação colonial, a dimensão espacial adquire singular relevo na explicação dos processos sociais e da vida política em particular.

A determinação colonial se inscreve nos padrões de organização do espaço, na conformação da estrutura territorial, nos modos de apropriação da natureza e de usos dos recursos naturais, na fixação de valor ao solo e nas formas de relacionamento entre os lugares. Nestes países, mais do que em qualquer outra parte, o Estado parece antes de tudo como um organizador do espaço, um gestor do território. Por isso, a prática estatal manifesta-se fortemente em suas histórias enquanto políticas territoriais, isto é, como ações de modelagem e produção do espaço.

Os processos econômicos, políticos e culturais trazem uma forte marca da geografia nos países se passado colonial. A formulação brasileira é exemplar em face das características expostas, pois essa expansão territorial desprovida na perspectiva dos índios, povoadora na ótica do colonizador marcou o desenvolvimento histórico do Brasil. O país foi construído consoante com a apropriação de terras, tendo na conquista espacial um forte elemento de identidade e coesão sociais.

Um padrão de ocupação intensivo, do ponto de vista dos recursos, e extensivo, no que tange ao espaço, domina genericamente a história nacional, atribuindo-lhe um sentido expansionista civilizador.

O papel do Estado é o de viabilizador da conquista, de indutor do povoamento das terras, de portador de equipamentos, de gestor da ocupação do solo e principalmente de guardião dos fundos territoriais e garantir da integridade do território, valor supremo da geopolítica nacional e pressuposto geral de todas as demais funções enumeradas.

A lógica colonial revive na condição periférica reiterada na formação do país, a qual repõe a necessidade de uma contínua acumulação primitiva que tem por alvo as novas terras. A dependência externa apresenta como contrapartida a voracidade interna na ocupação do solo, o expansionismo sendo praticado em ritmo cada vez mais veloz. O produto de conjuntura circunscreve seu espaço, regionalizando a história brasileira em ciclos econômicos.

A composição da estrutura de planejamento e gestão especificamente ambiental no aparato governamental brasileiro ocorre na contramão da tendência geral de desmonte do aparelho de Estado operada nas últimas décadas. O Brasil dispõe de instrumentos sofisticados de planejamento e gestão ambiental, que contemplam a espacialização dos processos, que preveem a participação dos atores locais das áreas de ação, que possuem uma retaguarda técnica substantiva, e que amparam – se num quadro legislativo bem discriminado.

Existem leis, metodologias, colegiados e propostas definidas à exaustão, contudo a efetivação das ações e metas revela-se ainda bastante problemática, muito aquém do requerido pela dinâmica territorial e populacional vivenciada pelo país.

A ocupação humana do espaço possui inerentemente a sua ocorrência, as características de localização e de relação. São características de uma mesma realidade, posto que de uma localização humana qualquer têm-se as condições iniciais para o relacionamento entre os seres humanos e a realização de inúmeros fenômenos e processos que, em síntese, consistem numa transformação de espaço o que significaria o mesmo que dizer de existência.

O espaço de localização é aquele que pode ser caracterizado pelas condições de sítio, de natureza absoluta, que completa – se em si mesmo como campo de relações. Configura - se originalmente como habitat o lugar de habitação que abrange o conjunto das necessidades reais como as de alimentação, habitação, enfim de sobrevivência e de reprodução tanto biológica como social.

A reprodução e a difusão do habitat são processos que criam marcas humanas na paisagem, cuja apresentação original constitui-se pelo domínio exclusivo do natural, passando a configurar a chamada área cultural ou então embasamento espacial.

A constituição de habitats não é nada mais que a recriação da natureza como espaço humanizado, já a constituição de territórios significa a instauração do domínio humano sobre o espaço. O território é decorrente mais das relações entre uma diversidade de lugares absolutos como habitats, povos, cidades, portos ou regiões do que da própria necessidade particular da localização de cada grupo humano. Por isso, o campo geral de tais relações é composto principalmente por aquelas de natureza mercantil, cultural, política, militar as quais se manifestam entre coletividades e seus respectivos lugares.

Por outro lado, a generalização da apropriação do espaço em forma de territórios é também a generalização de comunidades territoriais, o que entre outras coisas, significa a permanência e a reprodução de uma determinada comunidade num mesmo território.

Em síntese, o que está ocorrendo nesse momento consiste em dois aspectos conjugados de um único fenômeno que é a capacidade da humanidade em transformar a natureza a partir do trabalho e produzir riquezas, bem como a organização de modos específicos de apropriação dessa riqueza



CONSIDERAÇÕES FINAIS



Sendo assim as bases de formação do território brasileiro e apropriação do meio natural se encontram entrelaçadas na mesma dinâmica, pois ambos possuem processos que nos levam a compreender como se dá a formação concreta de um território qualquer onde todos eles se encontram num mesmo espaço apenas delimitado e diferenciado pelas relações sócias que ali se estabeleceram dando assim a cada um desses territórios um caráter específico que ao mesmo tempo podem os unir e os separar.



BIBLIOGRAFIA:



CABRAL, Gabriel “POVOAMENTO BRASILEIRO”, Brasil-Escola, Disponível em:

http://www.brasilescola.com



HEIDRICH, Álvaro Luiz “Fundamentos da formação do território moderno” In:Boletim Gaúcho de Geografia”, Porto Alegre, nº23, 1998, p.9-22.



MORAES, Antônio Carlos Robert, “Notas sobre a formação territorial e políticas ambientais no Brasil”, Revista Território, Rio de Janeiro, ano V.nº7, p.43-50,jul./dez.1999.



VARGAS, Glória Maria, “Território e natureza”,



quinta-feira, 23 de junho de 2011

De onde vem a felicidade???

A felicidade está na simplidade da vida.


Às vezes, não percebemos a importância existente nas pequenas coisas, na simplicidade de um ato, no aconchego do lar, e deixamos de ser felizes, preocupados com coisas que não possuem tanta urgência como acreditamos ter.



A vida é passageira, e o tempo somos nós que fazemos, portanto fazer dos momentos da nossa vida motivos de alegria é viver intensamente, sem esperar o amanhã, buscando o hoje como motivo de felicidade.



Viva intensamente a cada momento e permita que a felicidade entre em sua vida.



Vanda

Resenha

Christofoletti, Antônio – Geomorfologia. São Paulo, Edgard Blucher, 2ª edição, 1980, pg. 26-44



Antônio Christofoletti, professor Titular no Departamento de Geografia e Planejamento Instituto de Geociências e Ciências Exatas da UNESP – Campos de Rio Claro, escritor de várias obras didáticas e vários livros no segmento da geomorfologia.

O autor Antônio Christofoletti, procura neste capítulo do livro “Geomorfologia” explicar as várias formas de estudos em relação a um importante aspecto da geomorfologia que são as vertentes em seus processos e formas, tratando os processos morfogenéticos como.principais responsáveis pela dinâmica de diferentes formas de relevo.

O autor do livro apresenta a ideia de vertentes em seus processos e formas, partindo de vários conceitos, definições, análises e processos, inclusive de outros pesquisadores, abordando o estudo realizado concernente às vertentes, que representa um importante setor da geomorfologia. Trata os processos morfogenéticos relacionando-os como escultores do relevo, dando-lhes formas , e trazendo como ações importantes a dinâmica externa sobre as vertentes como: meteorização ou intemperismo, movimento do regolito, os processos pluviais e a ação biológica, também aborda como importante fator para essa construção do relevo a questão climática, observando as regiões morfoclimáticas do globo terrestre , classificando-os em três categorias: classificações indutivas, sintéticas e objetivas. A terminologia e os modelos análogos, trazem descrições das vertentes fornecendo informações importantes sobre determinada área, podendo ser realizada em plano ou perfil. Percebe-se que os métodos de analisar e determinar as formas de vertentes são numerosas e que algumas técnicas podem até trazer resultados diferentes para os perfis, mas no geral os conceitos acabam por levar as mesmas variáveis para a formação e consolidação das formas, que são os fatores exógenos e endógenos, que determinam todo o processo de formação do relevo e suas formas.

O capítulo do livro abordado é bastante interessante, o autor trata do assunto sobre vertentes, processos e formas, utilizando-se de termos consistentes e de fácil compreensão, além de valorizar outras opiniões, destacando alguns autores e vários estudos realizados sobre o assunto. Falar de Christofoletti é fácil, pois a propriedade com que ele aborda os temas geomorfológicos torna as suas obras em importantes instrumentos para compreender a dinâmica do nosso relevo em todos os seus aspectos.